Olá! Bem-vindo ao nosso blogue. Nós somos os alunos do 2.º ano da Escola da Avenida. Estamos a fazer um blogue para mostrar os nossos trabalhos. Os responsáveis pelo blogue vão ser: o Francisco, o José Silva e o Gonçalo.
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domingo, 30 de outubro de 2011

A escola da minha mãe

A minha mãe andou na escola em Fiães, na escola da Avenida.
A professora da minha mãe chamava-se Lurdes e vivia em Espinho. Era uma professora má, austera e tinha um regime militar dentro da sala.
A sala de aula era sombria, as  carteiras eram de madeira com tinteiros, as paredes eram despidas de cartazes, apenas tinham mapas e havia um quadro preto onde escreviam com giz.
Dentro da sala havia uma régua em cima da secretária que era usada todos os dias: ou porque não sabiam a lição, ou porque olhavam para o lado, ou por mau comportamento. Por cima do quadro havia um crucifixo, duas fotos, uma com Salazar e outra com Américo Tomás. Havia também a nossa senhora de Fátima e uma jarrinha com flores.
Todos os dias de manhã as crianças vestiam a sua bata branca, levavam o lanche num saquinho de pano que continha pão com manteiga ou sem nada. O da minha mãe variava entre a manteiga, a marmelada e a geleia. 
Ao chegar à escola as crianças iam para a sala, ficavam de pé viradas para a frente, cantavam o hino nacional e rezavam. Só depois tinham ordem para se sentar sem fazer barulho.
O material escolar da minha mãe era triste porque não tinha cor, nem figuras, apenas letras e números. As sebentas eram lousas, as canetas eram penas e os cadernos eram finos e pretos.
O recreio era dividido em duas partes: uma era das raparigas e outra dos rapazes. As raparigas brincavam todas juntas: faziam rodas, desenhavam macacas com paus, jogavam ao mata com uma bola de pano, etc.
A escola tinha uma bandeira de Portugal, não havia aquecimento e as salas estavam sempre limpas e arrumadas.
Os professores eram pessoas muito respeitadas pelos pais e crianças.
As crianças porque tinham medo e os pais porque achavam que o professor tinha sempre razão.



AUTORA: Raquel (mãe da Inês)

1 comentários:

Ana Luísa disse...

Inês o teu texto está fantástico!

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