Olá! Bem-vindo ao nosso blogue. Nós somos os alunos do 2.º ano da Escola da Avenida. Estamos a fazer um blogue para mostrar os nossos trabalhos. Os responsáveis pelo blogue vão ser: o Francisco, o José Silva e o Gonçalo.
RSS

terça-feira, 27 de setembro de 2011

TESTEMUNHOS FAMILIARES DA ESCOLA DE ANTIGAMENTE

Resultado da minha entrevista

A minha mãe andou na escola da Avenida e a sua professora chamava-se D. Fernanda.
A sua sala era grande, tinha carteiras de madeira alinhadas em fila, um quadro preto no meio da parede e era aquecida, no inverno, por um aquecedor pequenino que não chegava para aquecer a sala toda, que era fria.
Os livros usados naquela altura eram iguais aos de hoje, mas as crianças só tinham três livros e para escrever usavam lápis, canetas e cadernos.
O vestuário das crianças era muito normal, mas era obrigatório usar a bata.
Quanto ao recreio da escola ele era em terra, tinha árvores e tinha uma parte coberta em tijoleira, onde ficavam as casas de banho. Brincava-se às escondidinhas, ao mata, à macaca, ao elástico, e ao lencinho.
Na primeira classe a minha mãe bebia, na hora do lanche, leite quente com cevada, oferecido pela escola e servido numa caneca de plástico. A partir da segunda classe passaram a existir os pacotes de leite achocolatado, iguais aos de agora.
A minha mãe lembra-se que os alunos, naquela altura, eram tratados com alguma frieza e tinham muitas vezes medo do professor porque castigava e batia bastante. Também se recorda de rezar algumas vezes e de ter cantado o hino quando o presidente da República veio visitar Fiães.


Autores: Gonçalo e Graça



A escola do meu pai

O meu pai andou na escola de Vendas de Baixo, em Lourosa.
O professor do meu pai, que lhe deu aulas no 1.º ano e 2.º ano chamava-se Herculano e a professora que lhe deu aulas no 3º ano e 4º ano chamava-se Helena.
A escola tinha um espaço para jogar futebol e outro para brincar.
A sala tinha as condições mínimas. Havia um espaço grande, as paredes eram brancas e as secretárias eram de madeira.
O meu pai levava calças, camisolas e sapatos.
Brincava ao futebol, às caçadinhas, às escondidinhas, etc.
Os livros usados eram três: o de Língua Portuguesa, o de Matemática e o de História. E o material de escrita não passava de uma simples sebenta, dois cadernos, uma esferográfica, uma afia e um lápis.
Para comer o meu pai levava uma sandes e uma peça de fruta.
Os professores do meu pai eram maus, porque quem aprendesse mal era tratado com violência.
Na sala do meu pai havia aquecedores e luz. Não se rezava nem se cantava o hino.
O meu pai tem boas e más recordações da sua escola.

Autor:Albino


A escola da minha mãe

A minha mãe frequentou a escola do Chão do Rio, em Fiães. A professora dela chamava-se D. Camélia e diziam que era muito má pois batia com a régua nas mãos dos meninos e berrava muito alto.
A escola, que ainda hoje existe, era grande tinha alguns jardins mal tratados, seis salas de aulas e as casas de banho estavam sujas e não tinha papel higiénico.
No recreio os meninos brincavam à bola e as meninas brincavam à macaca, ao elástico e as casinhas. Não havia parque infantil.
Na hora do lanche a minha mãe comia um pouco de pão com manteiga, uma peça de fruta e bebia o leite que a escola oferecia, que no inverno era aquecido nos aquecedores da escola.
Todos os meninos se deslocavam a pé para a escola, uns sozinhos e outros acompanhados pelos avós. O vestuário que usavam era muito semelhante ao de agora, apesar de terem menos quantidade.
Por fim a sala de aula. Tinha mesas e cadeiras de madeira e as pernas eram de ferro pintado de verde escuro. Haviam armários de madeira com janelinhas de vidro, um quadro de giz, e no inverno os aquecedores deixavam a sala bem quentinha.
Os livros da minha mãe eram iguais aos de hoje e o material escolar era menos variado.
                A minha mãe não considera a escola do seu tempo muito diferente da atual, apenas um pouco mais humilde.

Autora:Sónia (mãe da Lara Cardoso) 



A escola de antigamente

O meu pai andou na minha escola entre 1974 e 1978, e a sua professora era a D. Natália, que é a avó da Inês, a minha colega de turma.
Na altura em que o meu pai frequentou esta escola era obrigatório todos os meninos usarem bata branca.
O Tico era o colega de carteira do meu pai e ainda hoje são amigos.
O que o meu pai mais gostava na escola era o recreio, em que jogava sempre à bola com os outros meninos.
Numa festa de final de ano, o meu pai participou, juntamente com outros dois meninos, o Miguel e a Rosário, numa peça de teatro «A Gabriela». O meu pai representou uma personagem que se chamava Tonico Bastos e teve um sucesso estrondoso, pois o meu pai imitava muito bem o Tonico Bastos e pôs toda a gente a rir.
O meu pai tem muitas saudades dos tempos em que frequentou a minha escola e está muito feliz por eu também a frequentar.

Autor: José Ribeiro(pai do Rui)


A escola de antigamente

A minha mãe tinha uma professora chamada Arminda.
No recreio haviam árvores e na sala de aula, mesas de madeira e um quadro preto de xisto. Escrevia-se com um giz branco e apagava-se com uma esponja.
A roupa era uma saia e uma camisola.
A minha mãe brincava à macaca, às caçadinhas, às escondidinhas, à corda e ao lencinho está no bolso.
O material de escrita eram cadernos de contas e de linhas, um lápis, uma caneta, uma régua, uma borracha e uma afia.
O lanche era um pão com marmelada e as empregadas davam uma caneca com leite e chocolate.
Não havia aquecimento na sala e se os meninos e meninas se portassem bem ela era simpática, se os meninos se portassem mal, ela ralhava e batia com a cana na cabeça.
Rezava-se e cantava-se o hino.      


Autor: pai do João Pedro



Na escola de antigamente

A minha mãe andou na escola primária em Espinho de 1977 a 1981.
A escola chamava-se “Escola da Tourada”, que ainda hoje existe e era composta por dois edifícios iguais dispostos lado a lado. Em cada edifício existiam quatro salas e cada sala era ocupada por um ano de escolaridade diferente (da 1ª à 4ª classe). As turmas já eram mistas, com meninos e meninas.
A escola começava às 8h e 30 min e acabava às 13h e 15 min. O nome do professor da minha mãe era Gil Rosas. Na altura já tinha o cabelo todo branco, o que impunha muito respeito.
Quando chegavam à escola e nos dias frios, antes de começar a aula, faziam exercício para aquecerem, ou seja, não havia aquecimento.
Quando alguém queria ir à casa de banho havia um sinal de esferovite pendurado na parede, que se virava para proibido (quando alguém estava na casa de banho) e quando esse alguém chegava à sala, punha o sinal verde. O engraçado é que a casa de banho era fora da escola.
A meio da manhã, por volta das 10 h e 15 min, era a hora de lanche e toda a gente levava um pão. Depois era distribuído em canecas, a todos os alunos e também ao professor, leite quente com chocolate.
A sala da minha mãe era grande, tinha três ou quatro janelões, tinha um quadro grande, preto, de lousa com um crucifixo pendurado por cima. Os cadernos eram parecidos aos presentes.
A minha mãe ia sempre de bata branca. Na 4ª classe só levava bata a minha mãe e o professor.
Muitas vezes sentavam-se numa roda à volta do professor para este ensinar a tabuada ou dar uma lição de religião moral (tipo catequese).
Havia lá uma régua, que por vezes fazia chover algumas reguadas. Houve uma situação em que a minha mãe estava a falar e o professor a avisar. À terceira vez, o professor foi à beira da minha mãe e começou a abanar a cadeira e a minha mãe caiu ao chão.
Depois do lanche a minha mãe ia brincar lá para fora às caçadinhas, à corda, ao elástico, ao lencinho, à rodinha e ao bombarqueiro. O recreio era um espaço amplo em terra batida.
Havia muito respeito entre o professor e o aluno.
Penso que a minha mãe gostou muito de andar na Escola da Tourada.
       
Fim!!!!

Autores: José Silva e Teresa Barbosa


A escola do meu pai


O meu pai estudou na escola da Barroca em Fiães. A sua professora chamava-se D. Lisete.

A escola da Barroca tinha salas em baixo e em cima e o meu pai tinha aulas em cima.

Dentro da sala havia um grande quadro preto, onde se escrevia com giz branco e também havia um mapa de Portugal. Todos os meninos tinham carteiras com tinteiros, onde escreviam e liam.

O recreio era pequeno, mas dava para jogar à bola, brincar às escondidinhas e ao sete de espadas.

Na escola do meu pai escrevia-se em lousas e cadernos e o meu pai levava pão com manteiga, ou com marmelada, para comer no lanche.

A professora do meu pai era muito boa e ensinava bem. Tinha uma régua de madeira, para dar palmadas nas mãos dos meninos que se portassem mal.

O meu pai ainda gosta muito da sua velha escola e continua a encontrar-se muitas vezes com a sua querida professora.

Autor: José Pinto (pai do José Luís Pinto)


A ESCOLA NO MEU TEMPO

A escola no meu tempo, era muito diferente.

Eu frequentei a Escola das Agras, em Santa Maria de Lamas, desde a 2.ª classe até a 4. ª classe. Tive sempre o mesmo professor, o Professor Romão. Morava na Vergada, e por curiosidade andou na primária com o meu pai. Quando nos encontramos, recordamos os bons velhos tempos.

Não havia as AEC's, e tive sempre aulas de manhã, das 8 horas até as 13 horas, com um intervalo de 30 minutos. Era uma escola com dois pisos e a minha sala era no 1.º piso, onde só havia essa sala e tínhamos que subir umas escadas de madeira que faziam muito barulho. No rés-do-chão, já tinha mais duas salas de aulas, e uma pequena cozinha. Tínhamos um alpendre que tinha duas casas de banho. Quando eu entrei as casas de banho não tinham sanita, só no ano seguinte é que as colocaram. A pequena cozinha servia para aquecer leite com chocolate, que era servido em copos de plásticos de várias cores. Eu não gostava porque colocavam bastante chocolate e açúcar. Só na 4.ª classe é que tivemos direito a leite de pacote, igual ao de hoje. Não tínhamos cantina.

Na frente da escola existia duas japoneiras e umas pequenas floreiras. Em redor existia terra batida e não existia qualquer diversão. Se quiséssemos brincar, tínhamos que improvisar e ser imaginativos, ou trazíamos de casa brinquedos. Brincávamos ao lencinho, às escondidas, às apanhadinhas e os meninos jogavam futebol.

A minha sala era retangular, tinha três grandes janelas, viradas para o sol, um quadro grande de lousa preta, com um pequeno estrado. Em cima tinha um crucifixo, do lado esquerdo o mapa de Portugal e do lado direito uma lareira que acendíamos de Inverno. No Outono íamos apanhar pinhas e paus pequenos, para acender a lareira. A Xana, trazia da fábrica do seu avô, troncos de árvores, para todo o Inverno que serviam para acender a caldeira da cortiça. Tinha várias carteiras em madeira, em que algumas delas tinham um buraco, para colocar o tinteiro e estavam distribuídas em três grandes filas. No fim da sala tínhamos um grande placar de cortiça, onde colocávamos alguns trabalhos que fazíamos. Não existiam fotocópias, nem papel branco A4, mas sim papel mata-borrão.

Só mais tarde é que tive sebentas. O meu material escolar era muito básico e simples, uma simples borracha, uma caneta bic azul e um lápis vermelho, que durava até acabar. O mesmo acontecia com a minha mochila, só tive uma para todos os anos. Ia para a escola a pé e vinha sozinha. Levava para a escola um pão com uma peça de fruta, e às vezes, mas muito raramente, uma fatia de bolo caseiro, nada mais do que isso.

O meu professor era bastante exigente, marcava todos os dias uma cópia e a tabuada, mais a matéria que aprendíamos no próprio dia. Se alguém se esquecesse de fazer uma cópia ou as tabuadas, no outro dia tinha que fazer a dobrar. Tratava-o por senhor Professor, nunca usou a régua de madeira e nunca nos bateu. Uma vez, na 4.ª classe colocou-nos a todos de castigo e apanhámos uma reguada, por não sabermos quais eram os países que constituíam a península ibérica. Foi a única vez, que o vi chateado e zangado.

Nunca rezamos, nunca cantamos o hino, mas festejávamos sempre as datas importantes.

Ainda hoje recordo muitos bons momentos que tive, com saudade e carinho.




Autora: Raquel dos Reis Salvador (mãe da 

Ana Luísa)

Fiães, 22 de Setembro de 2011